É cada vez mais importante as organizações educacionais avaliarem em que medida atendem os requisitos a que estão obrigadas, para poderem melhorar o serviço prestado e atenderem aos requisitos das partes interessadas relevantes.

A ISO 21001, publicada em 2018 e traduzida para português em 2020, pretende ser uma ferramenta de gestão comum para todas as organizações que fornecem produtos e serviços educacionais e que são capazes de responder às expectativas de alunos, pessoal e de outras partes interessadas relevantes.

Aplica-se a qualquer organização, pública ou privada, de maior ou menor dimensão, que, através de um programa curricular presencial, em e-learning ou híbrido, apoie o desenvolvimento de competências pela via do ensino, da aprendizagem ou da pesquisa, independentemente do tipo, duração ou método de entrega.

Pode também ser aplicada por organizações educacionais dentro de organizações maiores, cujo negócio principal não é educação, como por exemplo departamentos de treinamento profissional. Não se aplica, no entanto, a organizações que apenas desenvolvem produtos educacionais.

Tendo como base a estrutura de alto nível da ISO – International Organization for Standardization, a ISO 21001 permite a fácil integração com outros sistemas de gestão implementados, como é o caso da ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001 entre outros.

A Sustentabilidade e o Desperdício Alimentar são temas relevantes e indissociáveis que estão na ordem do dia, e com os quais existe uma preocupação crescente das organizações.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, cerca de um terço dos alimentos produzidos anualmente para consumo humano são perdidos ou desperdiçados a nível mundial. Só na União Europeia, o desperdício alimentar estimado é de 88 milhões de toneladas por ano, o que significa que cerca de 20% dos alimentos produzidos são desperdiçados todos os anos. Em Portugal, 1 milhão de toneladas de produtos alimentares são desperdiçadas anualmente, 97 quilos de comida desperdiçada por cada um de nós num ano.

O desperdício alimentar não representa apenas uma questão moral e social, representa, também, impacto no consumo de recursos naturais, como o solo, água e energia, e contribui para a poluição ambiental, devido ao uso de fertilizantes e pesticidas e às emissões de gases com efeito de estufa (GEE), emitidos durante a produção primária (por exemplo, produção animal) ou durante a valorização ou eliminação. O desperdício alimentar contribui em grande escala para o agravamento das alterações climáticas, com uma pegada de carbono global de cerca de 8% do total de Gases com Efeito de Estufa.

A Agenda 2030 das Nações Unidas definiu, no ODS 12 - Desenvolvimento sustentável, a Meta 12.3 – redução, para metade, dos resíduos alimentares per capita a nível mundial no retalho e no consumo, e reduzir os desperdícios de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo os que ocorrem pós-colheita.

A Comissão Europeia definiu a Estratégia do Prado ao Prato - Farm to fork strategy e vai propor objetivos juridicamente vinculativos para reduzir o desperdício alimentar em toda a UE, até ao final de 2023. Em junho de 2021 foi publicado o EU Code of Conduct on Responsible Food Business and Marketing practice, um Código de conduta voluntário sobre práticas empresariais e comerciais responsáveis no setor alimentar, já assinado por várias entidades.

A APCER desenvolveu esta certificação para organizações que pretendam melhorar práticas de sustentabilidade, reduzir o desperdício alimentar resultante das suas operações, e influenciar as partes interessadas, demonstrando o seu compromisso com a sociedade e contribuindo para um mundo mais verde e mais justo.

Aplica-se a todas as organizações da cadeia de abastecimento alimentar, desde indústria, retalho e restauração, incluindo restauração coletiva, que pretendam demonstrar o seu compromisso com a sustentabilidade e a diminuição do desperdício alimentar ao longo de todas as suas atividades, com o objetivo de contribuir para o bem-estar social, económico e ambiental.

A certificação Rainforest Alliance fortalece a posição da sua organização no mercado, garantindo aos seus clientes que os seus produtos são cultivados e colhidos em explorações agrícolas que promovem padrões sociais, econômicos e ambientais para uma agricultura sustentável. A certificação de acordo com este referencial abrange a conservação do ecossistema, proteção da vida selvagem, tratamento justo e boas condições de trabalho para os trabalhadores.

Para se tornarem certificados, os interessados devem cumprir os requisitos do Sustainable Agriculture Farm Standard ou do Sustainable Agriculture Supply Chain Standard.

Adicionar o selo certificado Rainforest Alliance internacionalmente reconhecido ao seu produto permite que empresas e consumidores façam a sua parte para garantir um futuro melhor para as pessoas e o planeta.

O Rainforest Alliance 2020 Sustainable Agriculture Standard (SAS) é o resultado da fusão da Rainforest Alliance e da UTZ em 2018, para criar uma única norma de sustentabilidade agrícola e programa de certificação. A nova estrutura permite que as explorações realizem uma auditoria às suas operações e evitem a duplicação de trabalho para aderir as duas normas de certificação de sustentabilidade mais conhecidas do mundo.

A certificação Raiforest Alliance (Supply Chain) é um serviço disponibilizado via parceria SCS, ao abrigo da sua acreditação, com recurso de auditores nacionais e auditorias realizadas em língua portuguesa.

www.scsglobalservices.com

 

Guias e Publicações disponíveis em:

www.rainforest-alliance.org/pt-br/business-pt-br/certificacao/ 

O IFS Progress Food, anteriormente conhecido como IFS Global Markets, é um programa de desenvolvimento para empresas do setor alimentar, com o objetivo de melhorar a segurança e qualidade dos produtos. Pertence ao grupo de marcas IFS (International Featured Standards), tendo surgido pela crescente exigência dos consumidores, pelo aumento das responsabilidades dos varejistas, atacadistas e serviços de alimentação, pelo maior número de requisitos legais e a globalização do fornecimento de produtos.

Tem como objetivo facilitar o acesso de pequenas empresas de alimentos ao mercado, criar aceitação mútua ao longo da cadeia de abastecimento e fornecer um sistema de referência para a orientação, desenvolvimento e avaliação destas empresas, além de auxiliar com os primeiros passos para a implementação e consequente obtenção da certificação em relação à Norma IFS Food.

O IFS Progress Food consiste em três níveis de implementação: Básico (45% dos requisitos do IFS Food), Intermédio (70%) e IFS Food (100%), com uma duração esperada de um ano para cada nível.

O programa é flexível e foca na identificação de riscos, conformidade legal, e rastreabilidade, permitindo que as empresas atendam a exigências legais e de parceiros de negócios, fortalecendo a confiança dos consumidores.

 Ao escolher o IFS Progress, sua empresa embarca numa jornada de melhoria contínua que não só aumenta a eficiência e a segurança dos processos, mas também reforça a confiança dos consumidores e parceiros. Desde pequena empresa familiar ou uma grande organização, o IFS Progress oferece uma plataforma sólida para crescimento sustentável e sucesso no mercado global.

A APCER pode contribuir com a sua empresa nesse desenvolvimento com foco em produzir produtos seguros e de alta qualidade que atendam às expectativas dos seus clientes. 

Quase 90% dos brasileiros dão preferência a empresas sustentáveis para compras ou investimentos. 87% dos brasileiros preferem empresas com práticas sustentáveis, segundo agência de pesquisa norte-americana Union + Webster, ou seja, a sustentabilidade de uma organização é ponto crucial para a continuidade do negócio frente ao mercado e a sociedade.…