
Como a Quasinfalível transformou a certificação num acelerador de maturidade, confiança e crescimento
Ao longo de 15 anos, a Quasinfalível tem apoiado organizações na implementação de sistemas de gestão, na preparação para auditorias e na obtenção de certificações, áreas que integram os nossos projetos de certificação.
A melhoria contínua é parte da nossa identidade. Ainda assim, durante muito tempo, a certificação interna foi sendo adiada. Não por falta de vontade, mas porque, nos primeiros anos, a dimensão da equipa e a prioridade no crescimento sustentável não permitiam assumir a implementação e manutenção de um sistema de gestão formalizado.
Em 2024, esse contexto mudou. Com uma equipa maior, processos mais maduros e uma infraestrutura tecnológica robusta, criou-se o cenário ideal para dar o passo que faltava: avançar para a primeira certificação da organização. O resultado desse trabalho foi agora validado pela APCER, que atribuiu à Quasinfalível o Selo de Maturidade Digital, nível bronze.
Ao longo desta evolução, fomos consolidando aprendizagens, ultrapassando desafios e aprofundando a maturidade de um sistema de gestão que, na prática, já vínhamos a construir há vários anos.
Porque decidimos avançar para a certificação
A decisão surgiu da confluência de três fatores:
1. Crescimento da equipa e da operação
A informalidade inicial já não servia uma empresa em expansão. Tornou-se essencial garantir coerência, consistência e alinhamento entre todas as áreas, da consultoria à gestão interna.
2. Maior exigência dos clientes em temas de cibersegurança
Os pedidos de evidências de conformidade face a normas como a ISO 27001, à regulamentação DORA e a requisitos de segurança da informação tornaram-se frequentes. Para responder com rigor, precisávamos de um sistema interno mais estruturado.
3. Responsabilidade e coerência
Durante anos, ouvimos com humor a observação: "Ajudam tantas organizações a certificar-se e vocês, quando avançam?"
A verdade é que já implementávamos internamente muitas das práticas que recomendamos. Faltava formalizar, integrar e certificar. Com estes três elementos alinhados, 2025 tornou-se claramente o ano certo.
Os desafios e aprendizagens ao longo do percurso
A preparação para a certificação não começou este ano, mas sim há três.
Mapear e redesenhar processos
O primeiro diagnóstico face à ISO 9001, realizado no âmbito de um estágio académico, funcionou como ponto de partida. A partir daí, dedicamo-nos a:
- rever processos existentes,
- criar novos fluxos de trabalho,
- definir responsabilidades formais, incluindo a função de CISO,
- e consolidar procedimentos que já existiam na prática.
Compreender a verdadeira complexidade do nosso ecossistema digital
O mapeamento dos sistemas de informação revelou algo que muitos clientes também descobrem: usamos muito mais ferramentas do que imaginamos.
Foi essencial identificar:
- fronteiras claras entre sistemas,
- responsabilidades de fornecedores tecnológicos,
- e critérios de classificação e proteção de informação.
Construir o QI Intelligence
Para gerir tudo isto de forma integrada, criámos o QI Intelligence, um site interno onde centralizamos:
- o sistema de gestão,
- políticas, processos e procedimentos,
- evidências e registos,
- documentação para auditoria.
Esta ferramenta tornou-se a espinha dorsal do nosso sistema de gestão.
Aplicar internamente a mesma metodologia que usamos em consultoria
Na prática, validar o nosso próprio sistema obrigou-nos a viver aquilo que recomendamos aos clientes.
O que tornou claro que estruturar vindo do zero e estruturar consolidando o que já existe, são dois caminhos diferentes, mas igualmente desafiantes. A grande aprendizagem? Boa parte do trabalho existia. Faltava integrá-lo, organizá-lo e formalizá-lo.
O impacto interno e externo da certificação
1. Reforço da confiança dos clientes e parceiros
A certificação demonstra de forma objetiva que:
- as nossas práticas são maduras,
- a nossa infraestrutura é robusta,
- e levamos a cibersegurança tão a sério como exigimos aos nossos clientes.
Este reconhecimento formal confirma a solidez das práticas que temos vindo a implementar.
2. Consolidação de práticas internas
Hoje, trabalhamos com:
- indicadores regulares,
- revisões estruturadas pela gestão,
- rotinas de monitorização,
- maior controlo sobre acessos, dados e fornecedores.
O sistema tornou-se parte do dia a dia e não um documento numa prateleira.
3. Preparação para a ISO 9001
Com o Selo de Maturidade Digital validado, criámos uma base sólida para avançar para o próximo passo: a ISO 9001. Grande parte do caminho está feito, e o foco está agora em consolidar o sistema de gestão integrado (SGI).
A experiência com a APCER
A equipa ajudou-nos a enquadrar o referencial mais adequado ao momento da empresa, explicou os requisitos com transparência e manteve um acompanhamento próximo ao longo de todo o processo.
A auditoria decorreu de forma exigente, mas sempre num ambiente construtivo. O auditor revelou grande clareza na análise, rigor técnico e disponibilidade para esclarecer dúvidas, qualidades que valorizámos particularmente, estando habituados a acompanhar auditorias do lado dos nossos clientes.
As recomendações de melhoria que recebemos foram pertinentes e alinhadas com a evolução natural do sistema, e já fazem parte do nosso plano de trabalho.
Um passo importante e apenas o início
O Selo de Maturidade Digital encerra um ciclo, mas abre outro. É um marco no ano em que celebramos 15 anos e um reforço do compromisso que sempre guiou a :
melhorar continuamente, com transparência, rigor e confiança.
Continuaremos a consolidar o sistema, a preparar a ISO 9001 e a partilhar aprendizagens de forma aberta, tal como incentivamos os nossos clientes a fazer.
Margarida Gonçalves
CEO da Quasinfalível




