O Mercado de Carbono é o sistema de compensações de emissão de carbono ou equivalente de gás efeito estufa, que acontece por meio da aquisição de créditos de carbono por empresas que não conseguiram alcançar suas metas de redução de gases efeito estufa (GEE) daqueles que reduziram suas emissões, e surge como uma das principais propostas para combater a crise climática. A cada 1 tonelada de CO₂ que deixou se ser emitida à atmosfera, é gerado um crédito de carbono.
A necessária limitação de emissões de gases de efeito estufa, tornada prioridade entre as empresas, incentivou a criação dessa “moeda” por parte de grandes organizações mundiais. Créditos de carbono funcionam como compensadores, podendo ser comprados por empresas e/ou países que precisam reduzir sua Pegada de Carbono – por metas e legislações – mas não conseguem.
Logo, uma organização que faz uma grande redução de emissão de GEE pode vender para quem precisa, lucrando com isso.
Como está esse Mercado?
Segundo a pesquisa do Ecosystem Marketplace (EM), as negociações voluntárias de crédito de carbono cresceram, em 2021, quase 300% em comparação a 2020, saltando de US$ 520 milhões para 1,98 bilhão de dólares.
O relatório da EM também mostra que a maior parte do lucro do mercado voluntário de carbono encontra-se na categoria “floresta e uso de terra”, somando US$ 1,32 bilhão, área em que o Brasil possui vantagem pela grande presença de floresta Amazônica em seu território – um estudo realizado pela ICC Brasil (International Chamber of Commerce) em 2021, mostra que o Brasil possui capacidade de suprir 22% da demanada do Mercado de Carbono global.
Em 2022, foi assinado pelo Governo Federal o Decreto nº 11.075/2022, estabelecendo bases para um mercado de carbono regulado. Entretanto, ainda sem previsão para ser votado na Câmara dos Deputados, tramita o Projeto de Lei 528/21, que institui, de fato, o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE).
“O mercado de carbono no Brasil ainda está em desenvolvimento, mas tem potencial para desempenhar um papel significativo na redução das emissões de gases de efeito estufa no país. O Brasil possui um grande setor agrícola, que poderia se beneficiar do mercado por meio de projetos de compensação de carbono, como reflorestamento e práticas sustentáveis de uso da terra. Além disso, o vasto potencial hidrelétrico do Brasil também pode ser utilizado por meio do mercado de carbono, já que a venda de créditos de carbono gerados por projetos de energia limpa pode fornecer uma fonte de financiamento para um maior desenvolvimento. Em todo caso, a regulamentação do Mercado de Carbono é essencial para o Brasil decolar nessa área, e atingir o potencial de cerca de USD 300 bilhões até 2050”, avalia a diretora-executiva da APCER Brasil, Alessandra Gaspar Costa.
O primeiro passo será o cálculo da Pegada de Carbono, entendo-se por pegada de carbono o total de emissões de GEE causadas por um indivíduo, evento, organização ou produto. As metodologias comumente usadas para calcular as pegadas de carbono de uma organização incluem o Greenhouse Gas Protocol, do World Resources Institute e o World Business Council for Sustainable Development, e a ISO 14064, que trata especificamente das emissões de gases de efeito estufa.
O segundo passo será realizar a Verificação co Cálculo da Pegada de Carbono por um organismo externo, porque tráz maior credibilidade, sendo um diferencial no Mercado de Carbono. As organizações que se anteciparem poderão identificar o seu potencial de redução e de participação nesse mercado, se colocando à frente da concorrência principalmente quando houver a regulamentação
A APCER possui experiência e competência comprovada para a Verificação do Cálculo da Pegada de Carbono.
