A complexidade crescente das cadeias distributivas torna crucial a implementação de Boas Práticas na distribuição de produtos farmacêuticos, nomeadamente de medicamentos para uso humano e dispositivos médicos, para que ocorra em segurança, garantindo o transporte adequado e a manutenção da qualidade desses produtos.
As Boas Práticas de Distribuição estão definidas nas Diretrizes relativas às boas práticas de distribuição de medicamentos para uso humano e destinam-se a empresas dos setores de retalho e logística que trabalham para a indústria farmacêutica. É responsabilidade destas entidades proteger os medicamentos da rutura, adulteração e roubo, e assegurar que as condições de temperatura são mantidas dentro de limites aceitáveis durante o transporte.
Em Portugal, o Infarmed aprovou o Regulamento relativo às Boas Práticas de Distribuição de medicamentos para uso humano (BPD) na Deliberação n.º 77-A/CD/2021, de 06 de agosto de 2021. As BPD por grosso de dispositivos médicos foram aprovadas pela Portaria n.º 256/2016, de 28 de setembro.
A distribuição por grosso corresponde à atividade de abastecimento, posse, armazenagem ou fornecimento de medicamentos destinados à transformação, revenda ou utilização em serviços médicos, unidades de saúde e farmácias, excluindo o fornecimento ao público. A atividade de intermediação de medicamentos está sujeita a algumas das disposições aplicáveis aos distribuidores por grosso, além de disposições específicas para a atividade de intermediação.
De acordo com estes documentos, as entidades que atuam na distribuição por grosso de medicamentos devem manter um sistema da qualidade que estabeleça responsabilidades, procedimentos e princípios de gestão do risco em relação às suas atividades, para garantir que o produto fornecido mantém a sua qualidade e integridade e permanece na cadeia de abastecimento legal durante o armazenamento e/ou o transporte. Este sistema de gestão da qualidade deve ser avaliado periodicamente.
As Boas Práticas de Distribuição de Medicamentos de Uso Humano abrangem, então, os seguintes aspetos relevantes para o exercício da atividade de distribuição por grosso:
No que respeita às Boas Práticas de Distribuição de Dispositivos Médicos, devem ser cumpridos os seguintes aspetos:
As auditorias para avaliar a implementação e manutenção das Boas Práticas de Distribuição podem ser combinadas com a auditoria ISO 9001 de Sistema de Gestão da Qualidade.
Leia, também, o nosso artigo sobre Segurança e eficiência na cadeia de abastecimento: produtos farmacêuticos e dispositivos médicos
O Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Setor Vitivinícola tem como objetivo promover a sustentabilidade das organizações do setor vitivinícola, a nível nacional e internacional, evidenciando a certificação de sustentabilidade no produto comercializado.
Este referencial pretende responder aos principais desafios colocados ao setor vitivinícola na adaptação da abordagem de sustentabilidade:
O Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Setor Vitivinícola tem por base os seguintes 5 princípios:
Considera 4 vetores de intervenção centrais: 1 - Gestão e Melhoria Contínua, 2 - Ambiental, 3 - Social e 4 - Económico, tendo um conjunto de indicadores (86), dos quais 28 são indicadores “KO”, organizados em capítulos (17) e distribuídos pelos 4 Domínios de Intervenção.
A Certificação de Sustentabilidade do Setor Vitivinícola é aplicável às organizações do setor vitivinícola nacional, independentemente da dimensão e do nível de evolução na implementação de práticas de sustentabilidade, focadas na criação de valor económico, cultural, social e ambiental, cujas práticas e resultados são partilhados com os seus intervenientes e tendo em consideração preocupações ambientais e sociais.
As diferentes categorias de operadores abrangidos são: Destilador, Engarrafador, Fabricante de Vinagre de vinho, Preparador, Viticultor, Vitivinicultor e Vitivinicultor-engarrafador.
A APCER está reconhecida pela ViniPortugal como entidade certificadora para o Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Setor Vitivinícola.
Aceda ao vídeo “Da Vinha ao Produto Vitivinícola” e descubra como a certificação em sustentabilidade pode reforçar a competitividade do setor.
Nesta sessão explorámos os pilares do Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Setor Vitivinícola (RNCSV), com casos práticos e contributos técnicos que mostram como transformar a sustentabilidade numa vantagem real para adegas e marcas.